Normas Globais para a Indústria de Alimentos

Normas Globais para Indústria de Alimentos

As indústrias produtoras de alimentos estão cada vez mais preocupadas em garantir a segurança de seus produtos. Visando, torná-los livres de qualquer tipo de contaminações que possam trazer riscos à saúde do consumidor.

Por esse motivo, muitas empresas investem em modelos de orientação de produção, programas e normas de segurança de alimentos. Uma vez que elas auxiliam e, muitas vezes, certificam o seu sistema de gestão de qualidade.

Pouco a pouco, as exigências foram aumentando e os programas de qualidade e segurança de alimentos específicos para as indústrias deste segmento foram se tornando cada vez mais exigentes.

Para saber mais sobre a segurança alimentar e sua importância no setor industrial, confira!

Você sabe o que é “Segurança alimentar”?

O termo “Segurança alimentar” é derivado da expressão “Food security”, e é referente a um conjunto de práticas e políticas públicas que têm como objetivo garantir às pessoas o acesso a alimentos de qualidade, com rico teor nutricional, e na quantidade adequada para uma boa qualidade de vida.

Para que os alimentos cheguem ao mercado e possam ser consumidos de forma segura dentro do prazo estimado, é preciso afastar uma série de perigos, que podem ter origem química, física ou biológica.

Por esse motivo, a segurança alimentar estabelece uma série de normas específicas, voltadas à produção, transporte e armazenamento de alimentos visando mantê-los adequados ao consumo.

Por isso, para garantir a implementação da segurança alimentar, uma série de normas e programas operacionais são aplicadas pelas indústrias.

Preliminarmente abordaremos sobre os Programas de Pré-requesito a nível operacional que dão base a maioria das normas certificadoras. São eles:

APPCC (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle)

Sistema obrigatório nas indústrias de alimentos. Trata-se de uma das principais normas de segurança alimentar, fiscaliza todas as etapas do processo de produção, do início ao fim.

BPF: Boas Práticas de Fabricação

Conjunto de medidas obrigatórias que devem ser adotas pelas indústrias, a fim de garantir qualidade sanitária e o padrão de qualidade dos alimentos deve estar em conformidade junto aos regulamentos técnicos pré-estabelecidos pela legislação.

As BPF representam um conjunto de princípios e regras para o correto manuseio de alimentos, e abrange desde a matéria-prima até o produto final, passando por todas as etapas de produção, Incluindo a saúde dos funcionários e sua higiene pessoal.

Além das condições das instalações e dos equipamentos, higiene do ambiente, higiene sanitária, manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos, controle de pragas e da qualidade e a padronização da operação.

PAC: Programa de Autocontrole

Sistema que tem como objetivo padronizar a inspeção e estabelecer critérios para verificação dos seguintes programas definidos pelo MADR( Ministério dos alimentos e Desenvolvimento Rural): Procedimento Padrão de Higiene Operacional – PPHO , APPCC e BPF.

A tendência é que os órgãos fiscalizadores substituam as BPF, PPHO e APPCC pelo Programa de Autocontrole. Isso porque a abordagem por esse sistema é mais abrangente e confere mais detalhes a cada ponto do processo produtivo.

Mas a decisão de se utilizar os tradicionais BPF, PPHO e APPCC deve se basear na exigência do fiscal da sua indústria. Como ainda não há consenso, alguns fiscais exigem o PAC e a BPF, enquanto outros cobram apenas o PAC.

Para garantir a implementação da segurança alimentar no mundo, uma série de normas são aplicadas pela indústria.

Conheça as principais normas da Anvisa para a indústria de alimentos:

ISO 22000 – Sistema de Gestão de Segurança de Alimentos.

È uma norma internacional que tem como foco a “segurança alimentar” e a aplicação de requisitos para um “Sistema de Gestão da Segurança de Alimentos” onde a instituição deve controlar todos os perigos e os chamados “pontos críticos de controle” com o intuito de evitar qualquer tipo de contaminação do produto final e garantir que ele esteja seguro no momento do consumo.

BRC – Norma Global de Segurança de Alimentos.

Essa norma abrange toda a cadeia de fornecimento, é voltada aos fabricantes de alimentos e contém requisitos para um sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle de acordo com o Codex Alimentarius, um sistema de padrões, códigos de conduta, orientações e outras recomendações relativas a alimentos, gestão de qualidade, produtos, processos e pessoas do ambiente fabril.

FSSC 22000 – Certificação do Sistema de Segurança alimentar.

Essa norma tem como objetivo principal monitorar a segurança na produção e distribuição de alimentos industrializados, é uma combinação da ISO 22000 e mais algumas especificações técnicas que descrevem quais e como os sistemas de pré – requisitos devem ser adotados pela indústria.

BAP – Boas Práticas de Aquicultura.

BAP é o programa de certificação independente de Aquicultura mais respeitado e abrangente do mundo. Ele envolve avaliação de desempenho ambiental, social e econômico da cadeia de fornecimento da Aquicultura. Implantando melhores práticas de manejo e gestão, segurança alimentar e responsabilidade social e ambiental.

FAMI-QS – Sistema de Qualidade de Aditivos para Alimentos e Pré-misturas.

A FAMI-QS é um sistema de qualidade e segurança para ingredientes alimentares especiais e suas respectivas misturas. Essa norma possui validação internacional, sendo a primeira direcionada ao ramo de alimentos para animais.

É de extrema importância para assegurar a qualidade desses alimentos, uma vez que minimiza o risco da inserção de ingredientes inseguros ou de qualidade duvidosa na cadeia alimentar. Também estabelece medidas que garantem que outros requisitos de segurança alimentar sejam regulamentados.

FEED & FOOD SAFETY – Ração Animal Segura.

Com o objetivo de ajudar as empresas a oferecerem produtos com alto padrão de qualidade, segurança e bem-estar dos animais, a certificação feed e food safety foi constituída sobre 3 pilares:

  1. Sistemas de gestão da qualidade, ISO9001;
  2. Legislação alimentar (Que abrangem vários requisitos, como rastreabilidade, monitoramento e segurança);
  3. Boas práticas de fabricação (seguindo sistemas de pré-requesitos como: HACCP).

Entretanto mesmo que as indústrias e os órgãos regulamentadores trabalhem severamente para que a produção e o processamento garantam alimentos saudáveis e seguros, a inexistência de riscos é praticamente inevitável.

Por isso, novas metodologias de fiscalização vem surgindo. É preciso estar atento e implementando constantes mudanças para atender as normas de regulação garantindo segurança ao consumidor.

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