Atualmente, aumentou-se a busca por uma alimentação mais saudável, motivação essa que se dá principalmente pelo desejo de melhorar a qualidade de vida. Nesse cenário, surge uma nova classe de produtos, chamados de “Clean Label”.
O que é um produto Clean Label?
A tradução de “clean label” é rótulo limpo. Até o presente momento não está totalmente claro o que os consumidores esperam de produtos considerados “clean label”, isso porque alguns consideram que estes devem ser produtos isentos de ingrediente que não sejam “naturais”, e que, portanto, serão facilmente compreendidos ao ler o rótulo, assim isentos de aditivos como: conservantes, acidulantes, aromatizantes, realçadores de sabor e corantes.
Enquanto outros, associam os “clean label” com produtos mais “saudáveis”, sendo isentos de ingredientes que em excesso são prejudiciais à saúde como: gorduras, açúcar, sal e até glúten. Mesmo com algumas divergências com relação as exigências do consumidor, de forma geral os produtos “clean label” são produtos com finalidade de passar mais claramente e com maior simplicidade as informações de sua composição aos consumidores, além de priorizar ingredientes naturais ou ainda que passaram por poucos processos para sua fabricação.
Por que consumir produtos Clean Label?
Tais produtos não possuem adição de corantes e aromas sintéticos, são naturais, saudáveis e muitas vezes funcionais, além de conter transparência nas informações contidas no rótulo.
Como identificar?
Embora não exista um rótulo escrito “clean label” ou selo específico nos alimentos, ainda assim é fácil identificar os produtos que se enquadram nesse grupo. Isso porque em geral ao procurarmos os ingredientes que o compõem damos de cara com uma lista enorme, que contém inclusive substâncias das quais muitas vezes nunca ouvimos falar. Ao se deparar com um produto que é clean label de cara é possível encontrar seus ingredientes, que além de poucos são naturais e de fácil identificação.
Mas qual o problema do uso de aditivos?
Sem mencionar a imagem negativa, alguns deles são estudados por possíveis danos ao organismo. “Os aditivos de origem sintética têm potencial efeito toxicológico, e, em excesso, podem ser fatores de risco para desenvolvimento de doenças crônicas”, comenta Carolina
Pimental, nutricionista doutora pela Universidade de São Paulo (USP).
Não há motivo para pânico nem para demonização dos alimentos industrializados, pois essas substâncias estão presentes em quantidade pequena na produção. O problema é mais comportamental: muita gente exagera no consumo. Desse modo, algo que é inofensivo pode acabar tendo consequências para
a saúde.
Como é a produção de um produto Clean Label?
Basicamente, substituindo os aditivos químicos por itens naturais. Por exemplo, no caso dos sucos prontos, o suco concentrado de maçã pode entrar no lugar de adoçantes como o xarope de milho. Para a indústria, essa mudança exige uma série de ajustes e investimentos. “Enquanto um quilo do iogurte tradicional leva um litro de leite, o nosso precisa de quatro litros”, comenta Enrico Leta, cofundador da Yorgus, uma das primeiras a oferecer iogurtes gregos clean label no país.
O produto leva só dois ingredientes, leite e fermento, por isso precisa de mais leite para manter sua cremosidade. “Temos ainda que tomar cuidado com todas as etapas do transporte e armazenamento, pois, diferente do tradicional, ele não conta com conservantes como o sorbato de potássio, então não pode ficar na temperatura ambiente”, comenta.
Além de não usar corantes, conservantes e espessantes artificiais, os produtos clean label podem ser produzidos dentro de uma lógica mais sustentável – com animais criados livres e vegetais orgânicos. É válido ressaltar que nem todo orgânico é clean label, e vice-versa.
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