Vegetais Minimamente Processados: Evite Contaminação!

Graças à popularização dos alimentos potencializadores de saúde, foi crescente a onda de saudabilidade alimentar, ocasionando maior procura por alimentos minimamente processados. Neste quesito, podemos dar ênfase aos vegetais que agregam praticidade, frescor e saúde à mesa. Além disso, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) o consumo regular destes alimentos é um fator de proteção e prevenção das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT).

Porém, alguns fatores podem prejudicar a segurança microbiológica destes alimentos, fazendo com que o vegetal chegue ao consumidor impróprio para consumo. Sendo assim, como fazer escolhas mais assertivas visando à segurança do alimento?! Inicialmente, vamos entender a diferença entre vegetais in natura e minimamente processados.

Diferença entre os vegetais:

• Vegetais minimamente processados – são aqueles submetidos a algum processo como limpeza, moagem e pasteurização, porém sem agregação de substâncias químicas ao alimento original.
• Vegetais in natura – são aqueles obtidos de plantas para o consumo direto sem que tenham sofrido alterações ou sido submetidos a processos.

Quando comparados aos vegetais in natura, os minimamente processados são considerados produtos com baixa credibilidade e qualidade. Além da desconfiança de alguns consumidores em relação à origem e veracidade das informações dispostas na embalagem. Entretanto, são muitos os riscos durante o processo produtivo destes alimentos, alguns deles são contaminações estabelecidas ainda no campo e tornam-se um desafio à descontaminação.

Dessa forma, faz-se necessário um processamento mínimo para o caso de produtos que não sejam de origem orgânica, com o fim de garantir a segurança do alimento. Com base neste princípio, o Ministério da Saúde juntamente com a ANVISA tomou as providências necessárias a fim de garantir uma correta e efetiva sanitização. Foram definidos recentemente padrões microbiológicos para os alimentos e suas aplicações, estes estão dispostos na RESOLUÇÃO – RDC Nº 331, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2019.

RDC N° 331:

A RDC atesta que alimentos não podem conter micro-organismos patogênicos, suas toxinas ou metabólitos em quantidades que causem dano para a saúde humana. Portanto, padroniza os teores permitidos também como metodologias para coleta, acondicionamento, transporte e análise de amostras dos alimentos.

Higienização:

Se você é consumidor e também deseja garantir uma correta sanitização, saiba que ela pode ser feita em partes. Iniciando com a limpeza ao retirar as sujidades que podemos ver, ou seja, as partes do alimento que podem estar estragadas. Logo após os vegetais devem ser lavados em água corrente de forma cuidadosa para retirar toda a terra e possíveis bichos presentes.

Após a limpeza em água corrente, é realizada a sanitização dos vegetais. Nesta etapa retira-se a sujeira que não é possível enxergar, os microorganismos. Os vegetais devem ser colocados de molho por 10 minutos em água clorada, utilizando produto adequado para este fim (ler o rótulo da embalagem).

Conclui-se que é extremamente importante considerar uma alimentação saudável e segura acima de tudo, visando não somente a saudabilidade, mas também a segurança do alimento seja você consumidor ou produtor.

Gostou do conteúdo e gostaria de conhecer mais sobre legislação na área de alimentos? Acesse também nossa publicação Regulamento Técnico (IN 23 de 2020): para Produtos Vegetais; que fala sobre o Regulamento Técnico (IN 23 de 2020) para produtos vegetais e sua comercialização. Caso tenha alguma dúvida, entre em contato conosco ou ligue para algum analista CETA Jr., ficaremos felizes em auxiliar!