A rotulagem frontal de alimentos é uma medida adotada por órgãos reguladores, como a Anvisa, para alertar os consumidores sobre altos teores de açúcares, gorduras saturadas e sódio. No Brasil, a partir de 9 de outubro de 2024, produtos que excederem os limites estabelecidos devem exibir um símbolo de lupa nos rótulos. Esse alerta destaca o conteúdo nutricional e auxilia os consumidores na escolha consciente dos alimentos.
Reformulação dos Produtos
Diante dessa regulamentação, muitas indústrias buscam alternativas para evitar a aplicação do selo frontal de advertência em seus produtos. Uma abordagem comum é a reformulação dos produtos, reduzindo os níveis de açúcares adicionados, gorduras saturadas e sódio para valores abaixo dos limites estabelecidos pela Anvisa. Essa estratégia não apenas evita a rotulagem de advertência, mas também atende à crescente demanda dos consumidores por opções mais saudáveis.
Adoção de Rótulos “Clean Label”
Outra alternativa é a adoção de rótulos “clean label”, que enfatizam a transparência e a simplicidade dos ingredientes utilizados. Produtos com rótulos limpos geralmente evitam o uso de aditivos artificiais e ingredientes processados, o que pode melhorar a percepção do consumidor em relação à saúde e naturalidade do produto. Essa prática tem se mostrado eficaz na construção de confiança e lealdade entre os consumidores.
Desafios e Contestação das Políticas
No entanto, é importante destacar que algumas indústrias têm adotado táticas para enfraquecer ou contornar as políticas de rotulagem frontal. Por exemplo, de acordo com o relatório Táticas globais da indústria para enfraquecer as políticas de rotulagem frontal, publicado em agosto de 2021, empresas do setor alimentício frequentemente contestam os modelos de perfil nutricional propostos por organizações de saúde. Além disso, muitas promovem soluções alternativas que, apesar de parecerem benéficas, podem não ser realmente eficazes na promoção de escolhas alimentares saudáveis.
Dessa forma, ao considerar alternativas à rotulagem frontal, torna-se essencial que as indústrias alimentícias priorizem a saúde do consumidor. Em vez de apenas buscar evitar a aplicação dos selos de advertência, essas empresas devem adotar práticas que promovam a transparência e a melhoria nutricional dos produtos.
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