Nos últimos anos, proteínas alternativas à carne ganharam relevância devido à preocupação com o desenvolvimento sustentável, bem-estar animal e saúde humana. As alternativas incluem proteínas de origem vegetal, insetos e agricultura celular.
Plant-based
O consumo de alimentos vegetais aumentou 11,1% no Brasil e deve crescer 40% ao ano nos próximos 5 anos, refletindo uma mudança nas preferências alimentares. Até recentemente, a soja dominava a produção de proteínas vegetais no Brasil. No entanto, a demanda por outras fontes de proteínas vegetais cresceu, levando a uma nova geração de ingredientes proteicos. Leguminosas, como feijões, lentilhas e grãos de bico, são opções populares devido ao seu alto teor de proteína, que varia entre 20% e 38%. Com a chegada de novos ingredientes e tecnologias, os produtos de origem vegetal podem competir com produtos de proteína animal em termos de preço e qualidade.
Proteínas de Insetos
Consumidos por mais de dois bilhões de pessoas, os insetos oferecem alto valor nutricional e baixo impacto ambiental. Embora exista resistência nos países ocidentais, essa tendência está mudando. Os supermercados e laboratórios de inovação introduzem produtos baseados em insetos, antecipando um crescimento significativo nesse mercado. Algumas gigantes do mercado alimentício como a Coop® já produzem hambúrgueres, almôndegas e bolinhos de larvas.
Agricultura Celular
Surge como opção para minimizar os impactos negativos da produção convencional, como a emissão de gases de efeito estufa, desmatamento e uso intensivo de agroquímicos. A produção de alimentos deve aumentar 70% até 2050 para atender à demanda mundial, e as carnes artificiais são uma solução para a alta demanda. Nesse contexto, carnes artificiais se tornam uma pauta importante para além dos círculos vegetarianos e veganos, e o Brasil está no foco dessa proposta. A bioimpressão 3D é utilizada para desenhar cada camada da estrutura muscular através do método de extrusão.
Os desafios dessas tecnologias incluem o alto custo de equipamentos e a falta de mão de obra qualificada. No entanto, o mercado tem um potencial considerável. Entre 2017 e 2018, o número de novas empresas neste setor aumentou 85%. Além disso, prevê-se que o mercado de substitutos de carne ultrapasse os 30 mil milhões de dólares até 2030.
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