Mercado Online: A Venda de Alimentos pela Internet

MERCADO ONLINE: COMO FUNCIONA A VENDA DIRETA DE ALIMENTOS PELA INTERNET?

Novos modelos de venda e entrega de mercadorias, adquiridas principalmente via plataformas digitais, estão obtendo cada vez mais uma parcela expressiva do mercado de varejo. Incluindo o de produtos de mercearias e perecíveis, tradicionalmente oferecidos por supermercados. Na atual conjuntura do mundo, em que há uma orientação para que todos permaneçam em suas casas devido ao aparecimento do COVID-19, esse modelo de negócio consegue mais um incentivo.

Há de se concordar que o futuro do varejo está na internet, porém existe uma enorme lacuna entre os sites de comércio eletrônico do Brasil. Onde estão os supermercados? O setor é dominado por eletrodomésticos, celulares, eletrônicos, produtos para casa, livros e cosméticos. Os brasileiros estão muito mais acostumados a comprar uma televisão do que um quilo de feijão pela internet. Todavia, segundo a visão dos varejistas isso está para mudar.

A compra online de alimentos vai aumentar?

De acordo com a empresa de pesquisas Kantar, a previsão é de que até 2025 as compras online no segmento de varejo alimentar vão representar 3% do volume total de vendas do setor no Brasil. Como os supermercados faturam 339 bilhões de reais ao ano, é pelo menos 10 bilhões de reais em vendas.

A gigante de comércio eletrônico Amazon já vende alimentos pela internet há quase 10 anos e recentemente chamou atenção de analistas ao comprar a cadeia de supermercados Whole Foods, em junho, por 13,7 bilhões de dólares. Apenas no último ano esse negócio cresceu 30% na empresa.

Quais são os custos?

Nesse cenário, em que as empresas tentam convencer o consumidor de que ele não precisa mais sair de casa para ter acesso aos alimentos do dia a dia surgem alguns desafios. A primeira barreira é a qualidade dos produtos, especialmente de hortifruti. O consumidor ainda desconfia que alguém possa fazer tão bem o trabalho de triagem dos alimentos. Além disso, o tempo de entrega juntamente com o frete, talvez sejam o mais relevante. Com uma logística diferente, que exige entregas agendadas, refrigeração adequada e embalagens especiais, o valor de entrega dos produtos custa caro.

Visando apresentar soluções para esses entraves, mercados como Estados Unidos, Europa e Ásia já têm lojas com formato drive-thru, onde o consumidor faz as compras pela internet e vai ao local apenas para retirar os produtos. Outra solução comum são os armários refrigerados, instalados em estações de metrô, grandes empresas ou mesmo em condomínios. Com isso, os consumidores não precisam aguardar a entrega em casa e podem receber os produtos perecíveis. Eles ficam armazenados em pontos estratégicos, quando estiverem disponíveis.

“Há uma infinidade de opções para tornar a experiência dos consumidores mais conveniente. Não acredito que o comércio online de alimentos vá acabar com os supermercados tradicionais no curto prazo, mas este é um nicho em que todo varejista deve estar presente”, diz André Miceli, coordenador do curso de Marketing Digital da FGV.

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