Licopeno: Além da cor vermelha!

Além da coloração vermelha, a estrutura faz com que o licopeno seja apontado com um dos mais eficientes antioxidantes. Quer saber mais? Confira aqui!

Nos últimos anos, a população mundial tem se preocupado ainda mais com a qualidade de vida, modificando os hábitos alimentares e levando à procura por alimentos que ajudem na promoção da saúde e prevenção de certas doenças.

Essa procura por uma alimentação mais saudável desencadeou um aumento no consumo de frutas, vegetais e seus produtos derivados.

Uma alimentação equilibrada é capaz de fornecer além dos nutrientes essenciais, alguns compostos químicos, conhecidos como compostos bioativos, que podem ser benéficos à saúde, reduzindo o risco de algumas doenças.

Dentre os compostos bioativos, destacam-se os carotenoides, que são pigmentos responsáveis pela coloração de vários alimentos. Decerto, esses pigmentos possuem coloração que varia do amarelo ao vermelho, e são muito utilizados como corantes em alimentos, ração animal e até cosméticos. Dessa forma, o licopeno se destaca dentre a classe dos carotenoides e vem despertando grande interesse na comunidade acadêmica.

Quais as características do licopeno?

O licopeno confere coloração vermelha a alguns alimentos e não é um precursor da vitamina A, como o β-caroteno (um dos carotenoides mais conhecidos). Entretanto, a estrutura do licopeno faz com que este seja apontado com um dos mais eficientes antioxidantes, sendo capaz de neutralizar moléculas de alguns oxidantes. Assim, pode diminuir a ocorrência de doenças degenerativas e cânceres.

O tomate, a melancia, a goiaba e a pitanga são considerados frutos fonte de licopeno. E a quantidade deste carotenoide nas frutas e vegetais varia de acordo com a estação do ano, estádio de maturação, variedade do fruto, efeito climático, entre outros e local de plantio.

O aquecimento, promovido através de alguns processamentos, e a exposição à luz são capazes de degradar o licopeno. Porém, devido à sua estrutura, podem ocorrer algumas modificações, que até certo ponto não são maléficas. Alguns estudos afirmam que tais modificações levam a um possível aumento da atividade biológica do licopeno.

Frente a isso, surge a possibilidade de se obter produtos ricos em licopeno a partir dos alimentos fonte para utilização na indústria farmacêutica ou de alimentos, principalmente como corante. E, surge também, um desafio para se obter processos mais adequados, que minimizem as perdas de qualidade nutricional, sensorial e funcional, e que se mostrem eficientes na concentração deste carotenoide.

Já existem estudos que avaliam a absorção do licopeno pelo nosso organismo, como ela é e quais fatores a influenciam. Conhecidos como estudos de bioacessibilidade e biodisponibilidade, estes conceitos são tão relevantes quanto a concentração dos nutrientes em um alimento.

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