Incorporar propriedades bioativas a sua embalagem prorrogando a vida útil do seu produto seria o máximo, não é? Imagine se fosse possível agregar mais valor a ele por isso?
As embalagens inteligentes são a solução! Uma vez que essas inovações têm ganhado cada vez mais espaço no mercado. Descubra o porquê dessa tecnologia se tornou tendência mundial.
Antigamente, a principal e única função das embalagens era a proteção do produto. E, ela continua sendo a principal barreira física contra contaminação de poeira, microrganismos e outros agentes contaminantes. Todavia, com o avanço da ciência e tecnologia suas funções se multiplicaram. Além de envolver o produto, a embalagem precisa se comunicar com os clientes, precisa ser prática, segura e ter um bom custo benefício.
A função de proteção envolve preservar ao máximo a qualidade do produto, criando condições que minimizem alterações químicas, bioquímicas e microbiológicas que causam sua degradação. Para tanto, há algum tempo, acreditava-se que deveria haver uma interação mínima entre a embalagem e o produto. Todavia este conceito hoje está superado frente às várias tecnologias que vêm sendo desenvolvidas, que têm por princípio justamente uma interação entre a embalagem e o produto, como forma de preservar a qualidade e segurança do alimento. E, a estas tecnologias que envolvem embalagens que interagem com o produto dá-se o nome genérico de embalagens ativas.
Mas o que são embalagens ativas?
As embalagens ativas são aquelas que interagem de maneira intencional com o alimento, visando melhorar algumas de suas características. Atualmente nos EUA, no Japão e na Austrália, o conceito de embalagens ativas está sendo aplicado com sucesso. Já na Europa, o desenvolvimento e a aplicação desse tipo de embalagem são ainda limitados. Entretanto no Brasil, o desenvolvimento envolvendo embalagens ativas ainda está em nível laboratorial.
As técnicas de embalagens ativas são divididas em duas categorias. A primeira categoria é dos absorventes ou captadores, onde os sistemas removem compostos indesejáveis, tais como oxigênio, dióxido de carbono, etileno e água em excesso.
A segunda categoria são os sistemas de liberação, que adicionam ativamente ou emitem compostos para os alimentos embalados. São exemplos o dióxido de carbono, os antioxidantes e os conservantes.
Quais as diferenças entre embalagens ativas, bioativas e inteligentes?
Como já dito, embalagens ativas é um termo genérico para referir-se àquelas que, de alguma forma, interagem com o alimento. Já as embalagens bioativas tem sido utilizadas como referência que interagem de forma desejável com o alimento e apresentam em sua composição polímeros de origem biológica ou natural. As embalagens bioativas têm um impacto direto na saúde do consumidor, através da geração de alimentos embalados mais saudáveis. E as embalagens inteligentes podem ser definidas como aquelas que monitoram as condições do alimento acondicionado ou do ambiente externo à embalagem, comunicando-se com o consumidor. Ou seja, propiciam informações sobre a qualidade do alimento embalado.
Qual tipo de embalagem bioativa tem se destacado?
Entre as embalagens bioativas, destacam-se as antimicrobianas nos últimos anos. Elas apresentam substância antimicrobiana incorporada e/ou imobilizada no material da embalagem, sendo capaz de eliminar ou inibir microrganismos deterioradores e/ou patogênicos. Os agentes antimicrobianos podem ser incorporados diretamente à matriz polimérica em rótulos, etiquetas ou estar contidos em sachês. Sua adição nos filmes poliméricos pode ser feita de duas maneiras: incorporação e imobilização. No primeiro caso, há liberação do agente antimicrobiano para o alimento, enquanto na imobilização o composto atua somente em nível de superfície.
Já imaginou a própolis sendo usado como substância antimicrobiana?
Pois é, em 2015, Luis Villaroya comprovou que devido às inúmeras propriedades encontradas na própolis, como antibacteriana, antiviral, antifúngica, antioxidante, anti-inflamatória, imunoestimulantes, propriedades anticancerígenas e pelo fato de os principais componentes serem geralmente reconhecidos como seguros para o consumo humano, além dos consumidores estarem em busca de produtos ecológicos, por conseguinte a própolis está ganhando popularidade como conservante natural para novas aplicações.
Estudos recentes apontam eficácia da própolis contra diferentes bactérias como: Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa, Escherichia coli e Salmonella typhimurium. Embora os levantamentos apontem que a própolis seja principalmente ativa contra as bactérias Gram-positivas, que são inibidas com uma concentração menor de própolis do que as bactérias Gram-negativas, ela mantém sua característica antimicrobiana em todas as espécies.
Além do mais, as novas embalagens que se mostram cada vez mais importantes no mercado visam alcançar alguns objetivos principais como o de estender o prazo de validade dos alimentos, com qualidade e segurança, reduzir o desperdício de alimentos e reduzir a adição de conservantes artificiais ou substitui-los por substâncias naturais com função antimicrobiana. E, naturalmente as embalagens bioativas, em especial a da própolis irá impactar o mercado.
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